14 de setembro de 2011

Utopia


Que sina é essa que repete-se outro dia
Revivendo novamente a mesma fantasia
Cegando-se ao que te cerca, desarmonia
Pouco a pouco afastando quem bem te queria

Que sonho é esse que tende a distorcer
Tudo aquilo que já houve sem se enternecer
Mergulhando sem pensar nessa imensidão
Esquecendo que toda história sempre tem um vilão

Destruindo sem hesitar tudo aquilo que criou
Sem ao menos se lembrar de como ali chegou
Pois quem estava no caminho e sempre a ajudou
Só obteve uma paga, novamente, desamor...

Pobre Alice entorpecida
Que teima em não acordar
Não se lembra que os caminhos
Só à levam pra um lugar

Sinuoso é o espinho
Que atravessa o coração
Neste "País" das maravilhas
Onde a vida é ilusão

2 comentários:

  1. A literatura tem um poder inestimavel, quando lemos e nos identificamos ao texto ela toma nossas formas em linhas... Mesmo sabendo do que te levou a escrever esse poema, só agora relendo ele toma outro sentido pra mim, o meu sentido nela. Me vi na inercia de minhas ilusões, que pelo fato delas serem ilusões conscientes não me moven a nada, e congela meus dias...

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  2. afinal ja dizia não sei se platão, que esse mundo que vemos é o rirreal apenas uma progeção de nossa mente, nada é real... essa tese esta começando a me convencer...

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